quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DILMA A CARA.

Dilma Rousseff

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Dilma Rousseff
Dilma Rousseff
Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil Brasil
Mandato: 21 de junho de 2005
até atualidade
Precedido por: José Dirceu
Sucedido por:
Nascimento: 14 de Dezembro de 1947 (60 anos)
Belo Horizonte
Partido político: PTB, PDT e PT
Profissão: Economista
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Dilma Vana Rousseff Linhares (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi a primeira mulher a ser nomeada ministra-chefe da Casa Civil, cargo que exerce desde 21 de junho de 2005.

Índice

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[editar] Biografia

Dilma é filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff (em búlgaro Петър Русев, Pétar Russév)[1][2] e da dona-de-casa Dilma Coimbra Silva. Graduou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Obteve Mestrado em Ciências Econômicas, na área de Teoria Econômica pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), e Doutorado em Ciências Sociais, na área de Teoria Monetária e Financeira, também pela UNICAMP. [3]


Na década de 1960, durante o regime militar, participou da luta armada, usando os codinomes de Estela, Patrícia, Luísa e Vanda, atuando em organizações clandestinas e terroristas de esquerda, como a Política Operária (POLOP), Vanguarda Popular Revolucionária e o Comando de Libertação Nacional (COLINA)[4]., segundo consta na sua ficha criminal na Polícia paulista, no DOI-CODI. + No final da década de 1960, durante o regime militar, Dilma participou da luta armada, atuando em organizações clandestinas de esquerda, como a Política Operária (POLOP), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e o Comando de Libertação Nacional (COLINA)[5], quando da união deste com a VPR[6].

Dilma teria participado, na época, da ação do roubou de um cofre do ex-governador de São Paulo Ademar de Barros, em 18 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, de onde foram subtraídos 2,6 milhões de dólares[7]. Entretanto, Dilma negou sua participação no evento em uma entrevista concedida ao Programa do Jô. De acordo com ela, "essa história foi difundida, mas na época eu não participei nem planejei o assalto ao cofre do Ademar" .

Posteriormente, esteve presa entre 1970 e 1973 nos órgãos públicos de repressão à luta armada e ao terrorismo, época em que diz ter sido torturada. Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou um pedido de indenização por parte de Dilma e outras dezoito pessoas presas em dependências de órgãos policiais do governo estadual paulista na década de 1970[8].

No fim da década de 1970, casou-se com o também militante político Carlos Araújo, com quem teve uma filha e fixou residência no Rio Grande do Sul. Hoje são divorciados.

Participou da reestruturação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), vinculada ao grupo de Leonel Brizola. Após a perda da sigla para o grupo de Ivete Vargas, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Foi secretária de Minas e Energia durante o governo Alceu Collares no estado do Rio Grande do Sul, entre 1991 e 1995. Em 1998 o petista Olívio Dutra ganha as eleições para o governo gaúcho com o apoio do PDT no segundo turno e Dilma retornou à Secretaria de Minas e Energia. No final de 1999 o PDT deixa o governo de Olívio Dutra e exige de seus filiados a entrega dos cargos. Dilma sai do PDT e filia-se ao PT continuando no governo a exemplo do que também fizeram Emília Fernandes, Milton Zuanazzi e o trabalhista histórico Sereno Chaise.

Dilma Rousseff integra o Governo Lula desde o início, em 1 de janeiro de 2003, como ministra de Minas e Energia. Trocou de cargo, e passou a chefiar a Casa Civil em 21 de junho de 2005, no lugar de José Dirceu, que deixou o ministério por estar envolvido em acusações de corrupção no caso Mensalão. De acordo com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), desde que Dilma assumiu o ministério, "a seriedade está se impondo" na Casa Civil[9].

[editar] Dossiê da Casa Civil

Em virtude do escândalo dos cartões corporativos, que eclodiu em janeiro de 2008, atingindo o governo federal e causando a demissão da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a oposição entrou com um pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigações mais aprofundadas.


Em 22 de março de 2008, uma reportagem publicada pela Revista Veja revelou que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalhava gastos da família de FHC. A matéria diz que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência de tal dossiê, apresentando no espaço de 15 dias três versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela imprensa[10]. Em 28 de março, foi a vez do jornal Folha de S. Paulo publicar uma reportagem revelando que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, deu a ordem para a organização do dossiê. Em entrevista coletiva em 4 de abril, Dilma reconheceu a feitura do banco de dados, mas descartou a conotação política do mesmo. Disse que o vazamento de informações e papéis federais é crime e que uma comissão de inquérito interna iria apurar o fato. Em 7 de abril, a Polícia Federal (PF) decidiu investigar o caso.

Em 7 de maio, em audiência na Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal, respondeu questões relativas ao "dossiê"[11].

Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador.
Em resposta ao senador José Agripino Maia (DEM/RN). O senador sugeriu que, por ter mentido no período em que esteve presa durante a ditadura, também poderia estar mentindo sobre o vazamento de dados que formaram o dossiê sobre os gastos de FHC.[11]

As investigações da PF concluíram que o responsável pelo vazamento foi o funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes, subordinado de Erenice Guerra. Ele enviou passagens do dossiê para o assessor do senador Álvaro Dias, André Fernandes[12].

[editar] Caso Varig

Em junho de 2008, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que a Casa Civil favoreceu a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.[13]

Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a CPI do Apagão Aéreo, relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig.

Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.[14]

A ministra não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era da alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil.
afirmou Abreu ao "Estado".[15]

Dilma negou as acusações e Denise Abreu não apresentou nenhum documento ou prova que sustentasse suas acusações.[16]

Em resumo, o caso VARIG não passou de mais um golpe da imprensa mercenária do Brasil.    

Referências

  1. Folha da Bahia (20 de abril de 2007). Nunca vou falar não para o Lula, diz Dilma sobre 2010 (em português).
  2. O Globo Online (11 de maio de 2008). Um dossiê indiscreto sobre Dilma Rousseff (em português).
  3. MEC. Currículo Lattes - Dilma Rousseff (em português).
  4. Radiobrás. Ministério da Casa Civil - Dilma Rousseff (em português).
  5. Radiobrás. Ministério da Casa Civil - Dilma Rousseff (em português).
  6. [1]
  7. Revista Veja Online; Alexandre Oltramari (15 de janeiro de 2003). O cérebro do roubo ao cofre (em português).
  8. Portal G1 (7 de fevereiro de 2007). Torturada na ditadura, Dilma será indenizada (em português). Página visitada em 19 de setembro de 2008.
  9. [2]
  10. Portal G1 (31 de março de 2008). PT divulga nota de solidariedade à ministra Dilma (em português).
  11. 11,0 11,1 O Globo Online; Reuters (7 de maio de 2008). Dilma depõe em comissão do Senado (em português).
  12. Folha Online; Leonardo Souza e Marta Salomon (9 de maio de 2008). Ex-assessor de José Dirceu vazou o dossiê da Casa Civil (em português).
  13. Estadão (4 de junho de 2008). "Dilma disse que era muito difícil provar origem do dinheiro" (em português).
  14. Folha Online (9 de junho de 2008). Procurador discutiu caso Varig com Dilma (em português).
  15. Estadão (4 de junho de 2008). Ex-diretora da Anac acusa Casa Civil de favorecer comprador da Varig (em português).
  16. Folha Online (6 de junho de 2008). Dilma nega acusações sobre caso VarigLog e diz ser vítima de "fogo inimigo" (em português).

[editar] Ligações externas

Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Dilma Vana Rousseff Linhares.


Precedido por
Francisco Luiz Sibut Gomide
Ministra de Minas e Energia do Brasil
20032005
Sucedido por
Maurício Tiomno Tolmasquim
Precedido por
José Dirceu
Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil
2005atual
Sucedido por


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